Música armorial, antiga e expressões artísticas correlatas.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SEBASTIÃO DIAS - A VOZ DO EITO NA SANFONA E NA VIOLA


Sebastião Dias. O "Canário da Viola" ou "Chico Buarque da Viola", de acordo com os colegas. Consagrou-se com suas composições e melodiosa voz. Destaque nas músicas de voz e viola, inclusive, com a "Súplica aos ecólogos", gravada por Raimundo Fagner.

Neste camarada se pode verificar um traço forte da viola sertaneja usada como acompanhamento a canções, além do repente.

Um trovador, de fato.

Músicas
01. A voz do eito
02. Conselhos ao filho adulto
03. Já fui pensando em voltar
04. Súplica aos ecólogos
05. A resposta do doutor
06. Tentação
07. Arco-íris da vida
08. Cenários do pajeú
09. Baião na terra e no céu
10. Últimos sentimentos
11. Tange o amazonas
12. Minha flor mulher
13. Paraíso caboclo


Sebastião Dias - Voz e viola (Bastava!)
Camarão - Sanfona
Renatinho - Guitarra (?)
Nando - Baixo (Um sete cordas seria melhor)
Sandro PIC - Bateria (Sem necessidade - melhor um zabumba)
Vavá - Guitarra (Pra quê tanta guitarra?)

terça-feira, 7 de junho de 2011

DI FREITAS - O ALUMIOSO

Surpreendente trabalho! Entre os melhores da atualidade está o Di Freitas. Violonista e violoncelista, luteiro de cabaças, Armorial! Cearense de Fortaleza, vive no Cariri dirigindo a Orquestra de Rabecas do SESC.



Vejam no linque uma matéria sobre o CD "O Alumioso", da Revista Raiz (http://revistaraiz.uol.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=1672&Itemid=171).

Ao disco:


1. Juazeiro
2. A Transfiguração do Alumioso
3. Segura o Coco
4. Cantigas de Mouro
5. Manduri, Jati, Cupira
6. Salsa com Baião
7. A Dança do Rei Negro
8. Descendo a Serra
9. Vaca Estrela e Boi Fubá
10. A Estranha Cavalgada
11. Lavras da Mangabeira
12. Flor de Algodão
13. Memórias do Boi Mansinho
14. O Alumioso Caririzeiro

Ficha técnica

Direção musical - Lincoln Antônio
Violão, violoncelo, rabeca - Di Freitas
Percussão - Éder “O” Rocha
Viola, rabeca - Filpo Ribeiro
Percussão - Ari Colares
Voz - Juliana Amaral


segunda-feira, 6 de junho de 2011

ZÉ DA LUZ - A CACIMBA


Tá vendo aquela cacimba
Lá na bêra do riácho,
Im riba da ribancêra,
Qui fica, assim, prú dibaxo
De um pé de Tamarinêra?

Pois, um magote de môça,
Quage tôda menhãnzinha,
Fóima, assim, aquéla túia,
Na bêra da cacimbinha
Tumando banho de cúia!

Eu não sei, pruquê razão,
As água dessa nacente,
As água que ali se vê,
Tem um gôsto deferente
Das cacimba de bebê...

As água da cacimbinha
Tem um gôsto mais mió
Nem sargáda, nem insôça...
Tem um gostinho do suó
Dos suváco dessas môça...

Quando eu vejo éssa cabimba,
Qui ispio a minha cára
E a cára torno a ispiá,
Naquélas água quilára
Pégo logo a desejá...

... Desejo, praquê negá?
Desejo sê um caçóte,
Cum dois óio dêsse tamanho!
Pra vê, aquêle magóte
De môça tumando banho!

terça-feira, 17 de maio de 2011

SEM COMENTÁRIOS




Aos visitantes:

Nesta nossa monóloga relação
Vou publicando músicas e cantigas,
Algumas atuais, outras antigas,
De grupos d'além mar e do sertão,
Sem saber qual a minha condição,
Se vos deixo enfezados ou contentes.
Não recebo visitantes frementes,
Nem que postam sequer uma palavra!
Mas prossigo adiante nesta lavra
Publicando estas Trovas e Repentes.

Luís Itaretama - 17/05/2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

ANTÔNIO NÓBREGA - MADEIRA QUE CUPIM NÃO RÓI

Cria do Movimento Armorial, Antônio Nóbrega saiu do Quinteto e iniciou sua carreira solo, de pesquisa, composição, interpretação e brincante. Um dos maiores expoentes da Cultura Nordestina da atualidade, este grande artista nos conquista com seu carisma, alegria e talentos inigualáveis.


Saiu do Movimento Armorial para beber direto na fonte.




Lista de músicas:


1. Abrição De Portas
2. Canudos
3. Chegança
4. Quinto Império
5. Olodumaré
6. Nascimento Do Passo
7. Andarilho
8. O Vaqueiro E O Pescador
9. Quando As Glórias Que Gozei...
10. Madeira De Cupim Não Rói
11. Corisco
12. Monga
13. Coco Da Lagartixa
14. Maracatu Misterioso
15. Rasga Do Nordeste
16. Licao De Namoro
17. Sambada Dos Mestres
18. Vou-Me Embora


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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MOACIR LAURENTINO E SEBASTIÃO DA SILVA - CANTORIA DE VIOLA

Repentistas de valor: Moacir Laurentino e Sebastião da Silva, na série "Os grandes repentistas do Nordeste".

Cantoria de viola de primeira.


Lista de músicas

1. A criança e a flor - sextilha de sete sílabas (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
2. Se não fizer como eu faço vai apanhar dessa vez -
mote de sete sílabas (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
3. Maria das Graças - canção (Jansen Filho / Chico Bandeira)
4. A terra a qualquer momento poderá ser destruída -
mote de sete sílabas (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
5. O sertão e a cidade - sextilha de sete sílabas (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
6. Cinqüenta anos de idade trinta e cinco de repente - mote de sete sílabas (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
7. Quanto é belo se ouvir uma trovoada numa tarde de chuva no sertão - mote decasspilabo (Moacir Laurentino / Sebastião da Silva)
8. O pai o carro e o filho - poema (Daudete Bandeira)

Ficha técnica

Moacir Laurentino - voz e viola
Sebastião da Silva - voz e viola
Dedé Paraíso - violão
Xilogravura da capa - Marcelo Soares

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"A BESTA LOURA CALIBÃ QUE PRECISAMOS ENFRENTAR E DERROTAR, AQUI!"

Xilogravura de Eduardo Ver.


Adalberto Coura, resoluto e violento nas idéias.

A Besta Loura Calibã: causa de todo o flagelo intelectual e cultural (além de sócio-econômico) do Brasil Oficial, Superficial. Algoz do Nosso Povo, opressora da juventude, cuja extraordinária força latente, por sua influência, é sempre convertida em esterilidade e subserviência. Satan desgraçado que nos assombra, atrasando nossas vidas e transformando em fussura azeda nossa capacidade criativa.

É hora de meter uma cangalha neste demônio! Quebrar seus instrumentos elétricos cancerígenos e as pernas dos seus dançarinos! Queimar os seus filmes estúpidos, banir suas palavras esdrúxulas e todo o seu idioma feio! Expurgá-lo, definitivamente, para que aflorem, livres e belas, todas as rosas caatingueiras e ecoem, enfim despertos, altos e solenes, todos os cantares sertanejos, brasileiros, da Raça!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

GRUPO GESTA - A CHAVE DE OURO DO REINO DO VAI-NÃO-VOLTA


O Armorial prossegue; forte prossegue. Assim como correm, fortes, as torrentes do sangue mestiço que me encharcam.
(2004) O Gesta apresenta um repertório que transita entre o popular e o erudito, como o Quinteto Armorial, conjunto que marcou a fase inicial do Movimento: romances ibéricos e brasileiros, toadas e desafios re-elaborados pela inventiva armorial. O Gesta, que utiliza apenas instrumentos acústicos, lançou em 2004 o CD “A Chave de Ouro do Reino do Vai-não-volta”, contando com a participação de Ariano Suassuna na faixa de abertura e no texto de apresentação. Formação: Guilherme Bedran (rabeca), João Bina (percussão e marimbau), Fabio Campos (violão), Maurício Féres (viola) e Pedro Pamplona (flauta e pífano).
O texto abaixo, recitado na primeira música do disco, é fala do grande Dom Pedro Dinis Quaderna, o Gênio da Raça Brasileira, dito de dentro duma cela da cadeia de Taperoá, cidade do Cariri Paraibano.
"Daqui de cima, no pavimento superior, pela janela gradeada da Cadeia onde estou preso, vejo os arredores da nossa indomável Vila sertaneja. 0 Sol treme na vista, reluzindo nas pedras mais próximas. Da terra agreste, espinhenta e pedregosa, batida pelo Sol esbraseado, parece desprender-se um sopro ardente, que tanto pode ser o arquejo de gerações e gerações de Cangaceiros, de rudes Beatos e Profetas, assassinados durante anos e anos entre essas pedras selvagens, como pode ser a respiração dessa Fera estranha, a Terra - esta Onça-Parda em cujo dorso habita a Raça piolhosa dos homens. Pode ser, também, a respiração fogosa dessa outra Fera, a Divindade, Onça-Malhada que é dona da Parda, e que, há milênios, acicata a nossa Raça, puxando-a para o alto, para o Reino e para o Sol."


Lista de músicas:

1. Romance de Minervina – Anonimo, trecho do romance “Pedra do Reino” de Ariano Suassuna
2. Toada e desafio – Capiba
3. Aralume – Antonio Madureira
4. Tirana da Rosa – Anonimo, recolhido pelo coral Trovadores do Vale (MG)
5. Mourão – Guerra Peixe
6. É fulo – Cavalo marinho de Mestre Gasosa (PB)

Guilherme Bedran (rabeca)
João Bina (percussão e marimbau)
Fabio Campos (violão)
Maurício Féres (viola)
Pedro Pamplona (flauta e pífano)

Baixe em http://www.megaupload.com/?d=E328SMOL.