Música armorial, antiga e expressões artísticas correlatas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ZÉ DA LUZ - A CACIMBA


Tá vendo aquela cacimba
Lá na bêra do riácho,
Im riba da ribancêra,
Qui fica, assim, prú dibaxo
De um pé de Tamarinêra?

Pois, um magote de môça,
Quage tôda menhãnzinha,
Fóima, assim, aquéla túia,
Na bêra da cacimbinha
Tumando banho de cúia!

Eu não sei, pruquê razão,
As água dessa nacente,
As água que ali se vê,
Tem um gôsto deferente
Das cacimba de bebê...

As água da cacimbinha
Tem um gôsto mais mió
Nem sargáda, nem insôça...
Tem um gostinho do suó
Dos suváco dessas môça...

Quando eu vejo éssa cabimba,
Qui ispio a minha cára
E a cára torno a ispiá,
Naquélas água quilára
Pégo logo a desejá...

... Desejo, praquê negá?
Desejo sê um caçóte,
Cum dois óio dêsse tamanho!
Pra vê, aquêle magóte
De môça tumando banho!